domingo, 5 de julho de 2009

Eu lá-lia

Mãos que tremem
Essas mesmas mãos que um dia já lhe afagaram
Hoje estão cansadas e são alvos de diferentes olhares
Engraçado que enquanto penso nisso,
Minha boca articula qualquer frase embaraçada
Que faz toda a sala rir ao meu redor.

Aquele velho sapato jogado no fim do corredor
Já me foi companheiro de grandes mistérios desvendados
Mistério é saber quantos dias exatos
Me faltam nesses últimos passos no corredor da vida.

Morte é uma coisa natural.
Eu é que ainda não me acostumei com a idéia.
Por isso teimo em continuar
Com minhas trêmulas mãos
E balbucio gracejos que levantam
Toda essa platéia ao meu redor.

Eles não sabem que doentes são eles, também.

Um comentário:

  1. A gente vive morrendo.
    Ciclos, fases...Doente é quem insiste em levar a vida quase morrendo...morrer logo pra nascer de novo é bom.
    Mas, já sobre a morte de verdade, morte morrida...parafraseio meu morto avô, que sabiamente dizia:"não tenho medo da morte, nem coragem dela." rs
    bj!

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