sábado, 18 de outubro de 2014

Massa-cinzenta

Às vezes a vida exige um certo adeus, para que tudo se engate numa nova marcha...
Nem sempre o paladar é agradável mas aquele é o exato ponto de partida que vai te trazer algo novo....
O tempo.... Esse, às vezes demora a agir, mas ele age. E ele vem e ele vai.... E junto com ele, as lágrimas.
Muita vida pra ser nada. Muitos nadas pra se perder a vida. Por mais que sempre se perca algo, que não a vida! Não ela. A sua única eterna companhia nessa história toda. Há quem diga que mais haverão, que outras virão, mas talvez isso dependa de um não-eu intrínseco . Talvez esteja nas mãos de uma incontrolável e indomável pujança, talvez seja mesmo um tal primitivo, um desconhecido por nossa "tão esclarecida" razão, que é humano.

Poesia diaria

A cidade pulsa poesia.

Pulsa poesia no meio da cidade.

Os letreiros nos regurgitam sensações. Enquanto passamos estáticos com toda a pressa do universo.

Os encontros se dão em não-se-dar, onde as relações, sempre tão frias quanto o verão urbano, estabelecem-se com um entre-si do outro.

E enquanto a estaticidade vascularizada dos permeios da cidade vão se preenchendo, pouco preenche aqueles que circulam. E andam. E inundam. E imundam. E emudam. E mudam...