segunda-feira, 18 de maio de 2009

Eco

eu nao peço... nunca pedi por esse tal entendimento da vida. Essa tao almejada
(nao sei por quem... talvez por todos) noção racional do que se sente. Não acredito
que isso constitua a pulsão da vida.
Mas esse nem é mesmo o foco de mim, posto que vivo assim, constantemente me (des)construindo
a mim mesmo.
Subo e me desço. Me (des)converso descalço. Furo uma palha. Caminho com sede. Me descaminho por desenhos
tortos... sinuosos. Me miro através do espelho. Atrás de um moinho. Me caminho em uma luz. Luz de girassol.
Lousa da vida. Me sangro um ar menos puro. Me chamo em uma canção de cachoeira. Me imito e me desfaço.
Me retorno. Me contorno. Me transbordo. e Me re-encho. Me ecoo e me grito. Eu Me giro. Me despedaço.
Eu me faço. me reviro e me deslaço. Eu sou o meu. Eu faço o teu. Eu sinto grande. Eu sou ninguém. Já fui
muitos. Hoje, nada sei. Não vim aqui pra esclarecer. Eu só faço escurecer. Em mim mesmo. Me esviro. Me
(re)faço. Na solidão, me despedaço. Eu não penso, pois quem pensa em mim é um outro "eu" que não eu.
Eu não existo. Eu me faço. Eu me estilhaço. Com o vazio Eu me abraço. E assim vou. E assim fico. E assim sou!

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